CNI e 26 federações estaduais de indústria emitiram carta aberta pela implementação do Programa de Depreciação Imediata. Indústria Prometido há seis meses pelo Ministério da Fazenda, o programa destaca a necessidade de renovar o parque fabril.
A depreciação imediata, que discutimos no episódio 11 do Ondas – “Obsolescência versus produtividade”, não implica renúncia fiscal. Ela agiliza a dedução do valor gasto em equipamentos, máquinas e edificações do lucro real da empresa, reduzindo a base de cálculo do IRPJ e CSLL no ano do investimento.
A medida visa impulsionar a indústria, estimulando a ampliação e renovação. Segundo a CNI, isso resultaria em um aumento adicional de 8,35% nos investimentos, 3,46% no PIB e 4,53% nas exportações no ano da aquisição. Apesar de não diminuir a tributação total ao longo dos anos, a depreciação imediata melhora o fluxo de caixa das empresas, especialmente durante os investimentos.
Diante de máquinas e equipamentos industriais com uma média de 14 anos, sendo que 38% ultrapassaram a idade ideal, a urgência se reflete no estudo recente da CNI. O presidente da CNI, Ricardo Alban, alerta sobre a possível queda no PIB da indústria de transformação e na produção industrial em 2023.
A carta aberta reforça a importância da renovação do parque industrial para impulsionar o desenvolvimento tecnológico e criar um ambiente propício ao crescimento sustentável. O governo, apesar dos esforços, precisa agir rapidamente para garantir o sucesso dessa iniciativa crucial para a competitividade e produtividade futuras.
Ouça o EP 11 – Obsolescência versus produtividade
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