Novo estudo, publicado na National Library of Medicine e destacado pelo site What They Think, reitera a superioridade do impresso. A matéria do WTT, escrita por Heidi Tolliver-Walker e divulgada em 29 de novembro, mostra porque a leitura em papel resulta em uma compreensão aprimorada em comparação com a leitura em tela.
O estudo, centrado em crianças de 6 a 8 anos, analisou a “ativação cerebral” durante a leitura em tela e em papel, utilizando eletroencefalogramas e análises espectrais. Os resultados revelaram que a leitura em tela apresenta desafios maiores na retenção da atenção e uma correlação negativa significativa na precisão em comparação com a leitura em papel.
Contrariando a hipótese inicial de que recursos multimídia poderiam afetar a atenção em telas, os pesquisadores observaram uma “inferioridade da tela” mesmo em tarefas simples, sem recursos adicionais. Outros estudos citados indicam que o tempo de leitura em dispositivos digitais está associado a conexões neurais menos eficientes em crianças.
A análise neurobiológica, realizada por meio de eletroencefalogramas, identificou que a leitura em papel gera maior atividade em bandas de frequência mais alta (beta, gamma), resultando em maior concentração e atenção visual. Em contraste, a leitura em tela está relacionada a frequências mais baixas (theta, alpha), associadas a distração e menor compreensão. A proporção theta/beta durante a leitura em tela foi negativamente correlacionada com habilidades de atenção visual.
Em resumo, o estudo confirma que, ao apresentar texto em telas, tanto crianças quanto adultos tendem a divagar mais e têm dificuldade em manter o foco, enquanto a leitura em papel promove menos devaneios, maior concentração e, consequentemente, maior precisão na compreensão.
A conclusão é clara: a impressão continua a superar a comunicação digital no processamento mais profundo de informações, evidenciando aspectos neurobiológicos fundamentais.
Leia aqui a matéria do site WTT