Em 2023, o período entre a segunda quinzena de junho e a primeira de julho ficou marcado por grandes resultados devido a ações promocionais dos varejistas, deixando uma difícil tarefa para o mesmo período em 2024. Sem contar com ações semelhantes, o período fechou com números regulares e longe do resultado do ano anterior.
Foram 3,50 milhões de livros vendidos contra 4,50 milhões no intervalo equivalente de 2023, o que resulta em uma variação negativa de 22,17%. Em faturamento, o resultado também segue negativo. Foram R$ 173,42 milhões em 2024 contra R$ 194,62 milhões, com uma queda de 10,89%comparativamente.
Dante Cid, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros, se mostrou apreensivo com os números baixos, que se repetem há meses. “Podemos observar um preocupante agravamento da queda em volume, cuja persistência já vínhamos destacando. O faturamento apresentou queda menor apenas porque o perfil de livros mais vendidos no período apresentou preço médio maior que os adquiridos no período equivalente do ano anterior”, explicou.
O impacto no acumulado do ano foi notório e a variação negativa de volume, que estava em ritmo de recuperação, ficou maior, chegando a -6,47%. A variação de faturamento continua positiva, mas diminuiu o ganho, ficando em 4,68%.
Em números reais, o volume de livros comercializados no acumulado de 2024 é de 28,21 milhões de livros, com uma receita de R$ 1,45 bilhão. Já no acumulado de 2023, o volume foi de 30,16 milhões com um faturamento de R$ 1,38 bilhão.
Os números têm como base o resultado da Nielsen Bookscan Brasil, que com o Painel de Varejo de Livros apura as vendas das principais livrarias e supermercados no país.