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“Brasil que lê” expõe falta de investimento federal na formação de leitores

A pesquisa “Brasil que Lê”, divulgada no dia 3 de março, mapeou iniciativas em benefício da leitura em todo o país. O levantamento foi pensado em 2019 e aplicado em 2020 pelo Instituto Interdisciplinar de Leitura e pela Cátedra Unesco de Leitura da PUC-Rio em conjunto com o Itaú Cultural, com consultoria da JCastilho.

Com raros casos de apoio público de alguns estados e municípios e nenhuma atenção federal do Plano Nacional de Livro e da Leitura (PNLL), a maioria dos projetos procuram se manter por articulações em rede. No total, foram registradas 382 iniciativas com respostas completas.

Os pesquisadores estranharam que projetos conhecidos não haviam respondido o questionário. Telefonemas aos responsáveis esclareceram que eles acabaram desistindo por não ter recursos para continuar sem apoio.

“Muitos chegaram ao limite da resiliência, desanimados e sufocados pela contundência cruel de um governo que não apenas abandonou as políticas públicas de formação de leitores desde 2016, mas que deliberadamente as sufocava, as destruía desde janeiro de 2019”, diz José Castilho, colunista do jornal Rascunho, professor, consultor de livro e leitura que colaborou na pesquisa.

Na maioria dos projetos pesquisados, as atividades são desenvolvidas por pessoas físicas, em um total de 42,15%, e por bibliotecas, 34,03%. Destes mediadores, 60,21% são professores; 53,14% contadores de histórias; 42,41% fazem mediação em eventos culturais, e 31,41% são bibliotecários.

Quase a metade, 44,76%, atuam voluntariamente e 39% utilizam recursos próprios para levar adiante os seus projetos. Por um lado, 50,79% deles têm qualificação para a tarefa que desempenham, por outro, 9,42% não têm formação específica.

O estudo é extenso e merece atenção. Acesse obrasilquele.catedra.puc-rio.br

Fonte: Rascunho, o jornal de literatura do Brasil rascunho.com.br

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