Produto foi criado a partir de babosa e batata doce, e se decompõe em até 120 dias na natureza. O estudo foi liderado pelo pesquisador José Thomaz de Carvalho e orientado pelo professor Leonardo Duarte da Silva, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
“Existem outros plásticos biodegradáveis que vêm sendo desenvolvidos, a partir de amidos, celuloses e quitinases, substituindo resinas petroquímicas, que são fontes não renováveis. O que acreditamos ser o diferencial do nosso bioplástico é o fato de todos os ingredientes terem sido produzidos em ambiente agroecológico controlado, sem adição de quaisquer produtos químicos no processo”, explicou Leonardo ao jornal O Estado de S.Paulo. Ele é professor do Instituto de Tecnologia do Departamento e Engenharia da UFRRJ.
A técnica empregada destaca-se por sua simplicidade. Trata-se do uso de polímeros naturais, tecnologia orgânica milenar que agora conquista novo status na jornada contra o aquecimento global. Eles são provenientes de organismos vegetais e animais, como a borracha, produzida através da extração do látex da seringueira; e o amido, extraído a partir das raízes de diversos vegetais.
“Nos testes tivemos um resultado bastante satisfatório, significa que estamos no caminho certo. O bioplástico mostrou consistência, não degradando automaticamente, porém numa velocidade satisfatória para os objetivos propostos. Não sabemos onde o produto vai chegar, se será utilizado como sacola plástica, com gaze para ferimentos ou de outra maneira na área médica. Agora precisamos seguir com os estudos com foco na aplicabilidade”, disse ao Estadão o orientador do estudo.
Fonte: Estado de S. Paulo, 16 de fevereiro de 2024
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