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Que tal entrar de cabeça nessa tal de transformação digital?

Pois é, lá vem de novo isso. Basta ler um jornal, ouvir um noticiário, entrar no YouTube, no Instagram e tem alguém falando nisso, não é verdade?  No Linkedin, então…

E lá vou eu nessa toada. Por quê?

Primeiro, porque acabei de fazer de um webinar para gráficos de diferentes países da América Latina falando disso e da necessária mudança de mentalidade para poder implantá-la. Essa discussão está fresca na minha cabeça e resolvi ampliar um pouco a conversa.

Segundo porque, apesar de tudo, muitas gráficas ainda patinam feio em relação a esse tema e ele não só é importante como se tornará cada vez mais relevante nos negócios. Não tenha dúvida disso.

Terceiro porque para aqueles que não são das novas gerações, nascidas ou acostumadas com o mundo digital, isso é um grande desafio. Ou não é?

Bom, primeiro para clarificar as coisas: o que é afinal a transformação digital? É um processo passo a passo a partir da digitalização para a transformação. E não vamos confundir as coisas. Transição digital é passar as informações analógicas para o digital, a digitalização em si.

Digital é tecnologia, mas transformação é ir além.  É usar a tecnologia para repensar o negócio e a maneira como trabalhamos.

É a tentativa de simplificar processos, de pensar diferente a forma como fazemos as coisas e como isso se reflete positivamente nos clientes. Em um mundo cada vez mais apressado, velocidade de informação, de respostas, de prazos de entrega são itens essenciais aos negócios.

Exemplos práticos. Como automatizar e ter mais controle sobre seu processo de vendas, por exemplo? Hoje temos vários canais de venda e podemos receber solicitações de preço e pedidos vindos de diferentes formas: por email, pelo vendedor em visitas ou atendimento interno, por um site de web-to-print, por redes sociais como WhatsApp, Instagram e outros.

Você consegue controlar isso de forma adequada na sua gráfica? Qual o seu tempo médio de resposta para uma cotação e, mais que isso, como você controla a resposta do cliente ao seu orçamento? Quando você sabe se perdeu ou não um pedido e o porquê de perder?  Qual a sua taxa de conversão?

Um sistema de CRM, do mais simples ao mais completo, pode te ajudar nisso. Se integrar seu sistema de cotação e emissão de e-mails você poderá começar a formar um painel que já vai te ajudar a não somente reagir rápido ao que o cliente precisa, como vai te ensinar mais sobre ele, as demandas que você já atende e as que pode vir a atender.

Pense também em termos de tempo de entrega de trabalhos. Qual seu prazo médio? Quanto tempo leva da negociação, aprovação e crédito, recebimento de arquivos, ordem de serviço, planejamento até a pré-impressão. Um estudo da Heidelberg feito há não muito tempo, em gráficas comerciais com base em offset, mostrou que 55% do tempo de execução de um trabalho é gasto nessas tarefas iniciais. Um tempo enorme.

Você já avaliou esse seu processo de entrada e adequação dos trabalhos? Seu sistema de planejamento é computadorizado? Tem como conectá-lo com a emissão de orçamentos e recebimento de pedidos? Em um sistema de web-to-print isso é totalmente automatizado.

Nem vou falar do processo produtivo e as possibilidades de conexão de máquinas e controles de processo, controle de custos etc.  Isso pode e deve ser avaliado em toda sua extensão e consequências, no seu devido tempo.

Pense, em primeiro lugar, em todo esse processo de entrada de orçamentos e pedidos e comece com ele. Avalie, na sequência, como você faz a captação de clientes e se já utiliza ferramentas de marketing direto para definir mercados-alvo, clientes-alvo e pessoas de contato. Ou até mesmo o uso de robôs de Inteligência Artificial. Já tem várias empresas no mercado oferecendo isso.

Todos esses processos podem e devem ser automatizados ganhando tempo, velocidade, controle e gestão. Afinal, só gerimos o que controlamos, certo?

Enfim. Só quis reenfatizar esses pontos porque como disse no início, muitas gráficas ainda relutam em fazê-lo.  Têm menos dificuldade aquelas que atribuem a pessoas mais jovens esse processo, mas quebrar resistências para essas implantações faz parte das obrigações do dono ou líder do negócio.

E então? Vamos fazer um esforço e começar essa tal de transformação digital?

O futuro não espera. Temos que construí-lo já.

Hamilton Terni Costa


hterni@anconsulting.com.br
www.anconsulting.com.br
www.ciglat.com

 

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