O foco da Deink, criada em 2017, com o projeto 4D são os plásticos de difícil recuperação.
“O grande problema para o meio ambiente são plásticos flexíveis, que são muito difíceis de serem reciclados. A maioria vai para aterro”, disse Marcelo Mason, diretor de sustentabilidade da Deink, em matéria publicada no jornal Folha de S.Paulo no dia 25 de maio.
A sigla 4D é uma referência às etapas do processo: delaminação, desmetalização, destintamento e disrupção. A Deink investiu R$ 85 milhões em uma instalação no interior de São Paulo para reciclar plásticos flexíveis de múltiplas camadas.
A empresa começou a partir de um processo de retirada da tinta dos plásticos que o empresário Rogério Mani, presidente da Abief (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis), licenciou de pesquisadores da universidade espanhola de Alicante. O plano era ter uma fábrica operando já em 2020, quando o projeto teve de ser adiado em um ano pela pandemia. Mani, fundador da Deink, esteve à frente das operações até 2022 e é atualmente presidente do conselho de administração.
A companhia acabou conseguindo ser acelerada pela Ambev, que indicou um de seus fornecedores, Valgroup, a maior recicladora de plásticos do Brasil, para uma parceria estratégica que incluiu investimento em participação na Deink, disse Mason, sem dar detalhes sobre a fatia.
A companhia agora quer ter uma primeira linha de reciclagem 4D de plásticos de múltiplas camadas funcionando na fábrica instalada em Itupeva (SP) a partir de junho, com planos para uma segunda linha em breve, dependendo do nível de demanda. No longo prazo, 2030, a companhia estima ter mais oito linhas com a tecnologia não apenas em São Paulo, mas em outras regiões do país, disse Mason.
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