Dezembro registra o maior faturamento e o maior volume do período e varejo de livros supera os resultados de 2021.
No último mês do ano, época movida pelas compras de Natal, foram comercializados 5,78 milhões de livros no Brasil, com uma arrecadação de R$ 270,69 milhões, apresentando uma superioridade de 6,16% e 15,18%, em relação ao mesmo período de 2021, respectivamente.
Os números referem-se ao 13º Painel do Varejo de Livros no Brasil em 2022, pesquisa realizada pela Nielsen Book do Brasil e divulgada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros, SNEL.
Mesmo com uma movimentação menor de ISBNs – o que mostra uma menor bibliodiversidade – e a ausência de grandes ações promocionais, o período registrou os maiores números em volume e valor do ano, e o menor desconto do ano também.
O ano de 2022 conseguiu superar a força expressiva de 2021. No total foram vendidos 58,61 milhões de livros em 2022, 2,98% superior aos 56,91 milhões comercializados em 2021. A superioridade também se mantém em faturamento, sendo 8,33% maior que o ano de 2021, alcançando R$ 2,54 bilhões em receita contra R$ 2,35 bilhões.
Dante Cid, presidente do SNEL, destaca: “2022 iniciou forte, ainda no impulso das boas vendas de 2021 em Ficção combinadas com a retomada do Educacional. Ao longo do ano, entretanto, a escalada da inflação passou a comprometer o poder de compra das famílias e os custos da indústria, levando a uma desaceleração das vendas. Felizmente, o último período nos trouxe uma agradável surpresa, levando a um fechamento de ano com crescimento real e superando assim mercados maduros como França, Alemanha e Estados Unidos, que fecharam um pouco abaixo de 2021”.
“Um ano de dever de casa. O primeiro ano considerado regular após crise pandêmica, o mercado livreiro teve crescimento real de 2,54% em faturamento, ainda que a bibliodiversidade tenha recuado quase 5% no ano. O preço médio do livro, pela primeira vez em anos, ficou muito próximo da inflação, fechando em 5,19% de ajuste” , comenta, Ismael Borges, gerente regional do BookScan Brasil.
Os números têm como base o resultado da Nielsen Bookscan Brasil, que apura as vendas das principais livrarias e supermercados no país.