Apesar da maior diversidade de títulos, 1,69% maior do que em 2022, o setor não conseguiu superar o volume e faturamento alcançados no ano retrasado. Em dezembro, recuo foi de 13,41% em volume e 2,69% em valor.
Isso é o que revela o 13º Painel do Varejo de Livros no Brasil de 2023, pesquisa conduzida pela Nielsen Book e divulgada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livro (SNEL). Dezembro de 2022 registrava um volume de 5,77 milhões de livros e um faturamento de R$ 270,69 milhões, enquanto o período equivalente em 2023 movimentou 4,99 milhões de livros, arrecadando R$ 263,40 milhões, representando uma variação negativa de 13,41% em volume e 2,69% em valor.
Ismael Borges, gerente regional da divisão BookScan Brasil, destaca que dezembro de 2023 teve um desempenho pior que o mesmo período do ano anterior, resultando no segundo pior acumulado do ano, tanto em volume quanto em valor. Apesar do declínio, o preço médio do livro, pela primeira vez, encerra o ano acima da inflação, de acordo com o monitoramento Bookscan.
Diante dos números, Dante Cid, presidente do SNEL, observa que o mercado editorial buscou alternativas para ocupar o espaço deixado por livrarias físicas e virtuais que saíram do mercado. “Feiras, festivais literários e a movimentação contínua de influenciadores digitais indicam que o mercado tem espaço para rejuvenescer e atrair novos leitores”, afirmou Dante Cid.
O ano de 2023 encerra em declínio, com um volume de livros 7,13% menor e um faturamento 0,78% inferior a 2022, contabilizando 54,43 milhões de livros movimentados e uma arrecadação de R$ 2,52 bilhões.